20 de abr. de 2011

Alona na Escola mostra que música e leitura não tem paredes

Começa a contagem regressiva para o Projeto Alona na Escola dar seus primeiros passos. A idéia, que havia surgido inicialmente para ser um Clube de Leitores, ganhou adeptos e sonhadores de uma nova forma de pensar a cultura, para agora se tornar um clube de leitores pluricultural, formado por músicos, fotógrafos, escritores e outras tantas linguagens que quiserem aderir ao grupo.

Na semana passada, integrantes do Alona visitaram o Colégio Benjamim Constant e após serem muito bem recebidos pela diretoria da escola, puderam passar nas salas de aula, convidando os estudantes a se unir ao laboratório de música e leitura.

A surpresa foi com a número de inscritos neste primeiro momento; 40 alunos deixaram seus nomes, emails e telefones para contato, para que se iniciem os diálogos. E para o Alona, mais do que isso, 40  jovens olhares sobre a música se voltam, a partir de maio, para o Alona e começam a traçar, junto ao integrantes do coletivo, uma nova história.

O primeiro passo após a visita é registrar os nomes inscritos e pensar em uma logística que os adeque às idades, que variam de 13 a 17 anos. A idéia é trazer estes adolescente à Vila Cultural Alona para que eles tenham um espaço de fruição e aprendizado. Durante as oficinas, o estudantes vão contar com aulas de música, dadas por Luiz Carlos Matias. Serão aulas de teclado, bateria, guitarra e voz.  "Não imaginávamos que a aceitação seria tão boa, agora precisamos pensar se criamos vários grupos e como vamos receber essa garotada toda", conta Luiz, entusiasmado. 

Luiz Matias tem um motivo especial para se empolgar com o clube. Ele já havia desenvolvido um trabalho semelhante, com apresentação de música e fantoche na mesma escola, há alguns anos atrás. "Agora, pensamos, por que não trazê-los para perto do Alona e possibilitar que eles façam parte destas apresentações e cresçam com a gente?", conta.

Intercalando este trabalho, outra integrante do coletivo, Tatiana Oliveira, vai propor ao grupo uma série de bate papo com temas relacionados à indústria cultural, mídia e novas possibilidades de fomentar a cultura.  "A idéia é que as discussões com leitura e as aulas práticas do Luiz possibilitem que eles se percebam, ainda mais, como sujeitos críticos da própria história", explica Tatiana. 

O projeto vai ser desenvovido semanalmente, sendo uma semana para discussão e outra para as aulas práticas. "E quem sabe daqui não surge uma nova banda? O Festival Demo Sul que aguarde, essa garotada ainda pode fazer um estrago", brinca. 

A contribuições vão chegando de todos os lados. Outra integrante do Alona, a estudante de jornalismo Renata Cabrera, já trouxe ao coletivo diversos curta-metragem e idéias para somar ao clube. Ela também vai fazer os registros fotográficos das oficinas. Além da renata, inúmeros colaboradores já se disponibilizaram para frequentar as oficinas e fazer suas "participações especiais", como jornalistas, artistas visuais, estudantes de História, Ciências Sociais, Música, Letras e  Comunicação Popular e Comunitária.


 A comunidade que quiser acompanhar e colaborar com as discussões do projeto Alona na Escola, pode entrar em contato com a Vila Cultural Alona (043) 3345-3127

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