7 de out. de 2009

Entrevista: Atílio Alencar fala sobre o documentário Macondo

Um dos principais agitadores culturais do Rio Grande do Sul, Atílio Alencar é membro do Coletivo Macondo, coletivo integrado ao Circuito Fora do Eixo e gestor da Casa Associada Macondo Lugar, situada em Santa Maria (RS). O Coletivo também é responsável pela realização anual do Festival Macondo Circus - que junto ao Psycho Carnival e Demo Sul, formam os três principais festivais independentes da região Sul do País.

No dia 30 de setembro o Macondo Lugar - referência a cidade ambientada na fábula de Gabriel Garcia Marques, "Cem anos de Solidão" - tornou-se o principal personagem do mini-documentário "Macondo", que registrou os quase cinco anos de atividade da Casa e do Macondo Coletivo. Atílio Alencar, que também participou da produção do filme, falou ao Coletivo ALONA sobre o doc "Macondo".


Começando pela estratégia de divulgação na internet do filme e comparando com o número de visualizações até o momento, qual o balanço que faz?
Esta estratégia de usar as redes sociais pra divulgar o filme deu muito pano pra manga. A ideia foi do nosso frontman do audiovisual aqui no Macondo Coletivo, Fernando Krum. Simplesmente, em menos de uma semana, atingimos 2.000 espectadores...isso sem falar na colaboração dos parceiros do Fora do Eixo, que disponibilizaram blogs e demais veículos para difundir o trabalho. Estamos eufóricos com o alcance da coisa, fantástico mesmo.

Ainda falando de internet, por que o doc foi lançado no Vímeo e não no You Tube?

Tem esse lance de dessacralizar esses grandes ícones da interet, né? Trabalhar com software livre, experimentar outras possibilidades, enfim... expressar posturas políticas mesmo na hora de optar por quais ferramentas e canais usar.

Como estamos falando para um público que vai ver ou já viu o filme, acho interessante aprofundarmos aspectos que não estão tão nítidos no vídeo; por exemplo, as bandas que integram o coletivo e como especificamente o coletivo Macondo oferece suporte e auxílio para essas bandas.
Assim: atualmente, trabalhamos com duas bandas, de forma constante. A Rinoceronte e a Saturno Experiment, apoiando no planejamento, em estratégias de viabilidade, por aí... mas como temos uma casa, o Macondo Lugar, também apoiamos diversas outras bandas, estimulando a formação de público para bandas com trabalho autoral.

Também seria legal falar da exposição e venda de roupas no local, já que essa atividade é uma das fontes de renda mais rentáveis de alguns coletivos.
A gente inaugurou há pouco a lojinha do Macondo, que fica no Macondo Lugar. Mas há tempos rola por aqui um lance chamado Mercado da Pulgas, que reúne produtores artesanais da cidade. E o Macondo Coletivo tem sua própria griffe, a Capanga, que circula bastante também. Enfim, é mais uma fonte de renda para o coletivo, que em breve deve intensificar suas atividades nesta área.


Por Gabriel Ruiz - ALONA Comunicação

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