Meu pai me perguntou porque eu gosto tanto disso. “Mas disso, o quê, pai?”.. “Ah, filha, disso.. Eu nem sei direito o que é tudo isso que você faz. Só sei que você chega, fala que não sei que banda veio de não sei onde, que eles colocaram não sei o quê na banquinha, que você vendeu pra não sei quem, que tinha gente querendo trocar dinheiro em card, que vocês vão escrevendo tudo na internet, que lá dentro tem uma cabine de foto, que levaram ar condicionado pro QG, tô meio velho já, mas é muita confusão, não é?” Ai, pai, é tão difícil de explicar, mas vamos por partes.
(Grito da noite passada, Renata Cabrera)
O Grito é um festival de artes integradas que rola em todo o país e até fora dele. Todo o tipo de expressão artística tem seu espaço reservado e é por isso que, numa mesma noite, uma pessoa pode ouvir banda instrumental, Glam rock, Blues, pode ler poesias no varal, pode levar as poesias de casa e pendurá-las, os desenhos, pode gritar, literalmente ou não, dentro da Photo Cabine, e ainda troca todo o tipo de ideia com quem quiser. É a vibe, pai, essas iniciativas se desenrolam e nem precisa ser tão íntimo delas pra curtir... “hmm... Legal, filha”
Sabe, eu não sei se meu pai entendeu, mas foi justamente explicando pra ele que eu concluí que, dentro do Alona, o que rola é quase um universo à parte. Outra vibe. Encontrar, num mesmo lugar, fotos à francesa, poesias gaúchas e músicos pernambucanos, não acontece todo dia. Isso pra não falar de uma segunda economia. O Card, Alona Card. Que surpreende a galera pelo tamanho e pela política. Eu vi isso da banquinha, que só aceita os cards.
“Mas o que é esse card?” (viu, pai, não é só você, tem muita gente jovem por fora também) e, ao fim do papo, sempre rolava um “Nossa é um rolê muito maior do que a gente imaginava”. Teve até um “Mas como eu faço pra ter card?” “Onde eu me inscrevo pro card?”.. Eu tenho bons pressentimentos a esse respeito e, logo mais, esclarecimentos virão.
Outros bons pressentimentos são pra noite de hoje. Mhorula (PR), Tênis Sujo e um Scarpin (PR), The Monkberry (PR) e A Sexta Geração da Família Palim do Norte da Turquia (PR) farão o som. O varal, apreciado pelo público, continua lá, aberto pra todo mundo. O Orfel, a banquinha, os cards, a colaborativa, os colaboradores, a cerveja à 1,00 real. E, o melhor, uma discotecagem nova!
(Marcelo Domingues gritou na Photo Cabine e, essa noite, AHAZA na pick up)
Pois é, gente, imprevistos acontecem, e as nossas convidadas não poderão discotecar como prometido, porém, como a gente nãoé bobo nem nada, Marcelo Domingues vai assumir a mesa de som e, pasmem, promete botar todo mundo pra dançar. Vocês estão tão ansiosos quanto eu? Acreditem, nenhum de nós perde por esperar! Então corram hoje pra vila cultural Alona. Entrada? 10,00 reais. Cerveja? UM REAL até às 23:30. Ouvir 4 bandas, gritar na Photo Cabine e dançar com Marcelo Demosul nas pick ups? Não tem preço!
2 comentários:
Marcelão vai tocar.
Tocar o terror! MUAAAH HA HA HA HA auhuahuHUAHAUHUhuahuahuA
#oremos!
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